O amor pelos entes queridos falecidos ultrapassa a barreira do tempo
O vento da oração reacende a luz da graça e da comunhão com Deus. A vida eterna é “o momento do amor sem fim”. É um momento infinito em que Deus nos envolve com seu abraço de amor. Na linguagem humana devemos recorrer à experiência dos nossos olhos quando olham para a ternura de dois amantes, ou como uma criança apegada ao seio da mãe que fixa os olhinhos nos olhos da mãe para ter, além do leite, o conforto de seu sorriso e de sua benevolência. O catecismo da Igreja Católica afirma que o Purgatório não é tanto um lugar, mas uma condição de nostalgia trêmula de possuir plenamente aquela luz que perdemos momentaneamente devido à nossa fragilidade e aos nossos pecados. A nossa relação com os defuntos não cessa no momento da sua morte, mas o sacramento do baptismo, que nos une a Cristo ressuscitado, mantém firmes estes laços de comunhão. Nosso amor pelos nossos entes queridos falecidos ultrapassa a barreira do tempo. Nossa jornada de conversão, oração, jejum e boas obras em benefício de nossos irmãos necessitados é como um vento que sopra no fogo do amor de Deus que abraça e aquece nossos entes queridos e os permite participar da alegria da luz divina .