Cordiais boas-vindas ao nosso encontro mensal na companhia de São José. É o nosso primeiro encontro depois da eleição do Papa Francisco, o primeiro encontro depois da Páscoa e, com a hodierna liturgia da Palavra, vivemos no clima dos discípulos de Emaús, talvez também nós, com a alma oprimida pela desilusão, pela preocupações ou inquietações, mas também disponíveis para refazer o nosso caminho generoso rumo a Jerusalém e, idealmente, mergulhar na alegre comunidade dos crentes em Cristo.
Como sempre, porém, é um evento cheio de carinho, de estima e de escuta da harmonia de sons que só as almas apaixonadas e ricas de fé podem vivenciar. José terminou a sua missão antes da vida pública de Jesus Em Nazaré José guardou e ajudou a crescer as qualidades humanas, a partir das bodas de Caná é o messias que começa a agir e São José sente que a sua tarefa está concluída e, como o velho Simeão no. templo pode dizer ao Pai eterno: “Agora deixa o teu servo ir em paz, ó Senhor, segundo a tua palavra, porque os meus olhos viram a tua salvação”.
Esta noite, na nossa conversa, queremos falar “de coração a coração” com São José, para falar das grandes emoções que sentimos nas últimas semanas.
Gostaria de tentar criar um clima de escuta e trazer à tona as belas qualidades que todos carregam impressas na alma.
São José é nosso professor não tanto pelas palavras que não pronunciou, mas pela escuta que sabe dar às nossas palavras e aos nossos pedidos.
O seu silêncio não é mutismo, mas é um silêncio iluminado por radiações com muitas facetas que refletem cores luminosas, quase indicações de caminhos a seguir para caminhar no caminho certo da santidade, plenitude da felicidade evangélica.
Assim, no início deste encontro, uma renovada e cordial saudação a todos: aos ouvintes, aos que nos ouvem em casa ou na rua, aos que regressam do trabalho e aos que preparam o jantar, mas, em particular, a quantos são atingidos por muitas adversidades, adversidades que partem da má saúde, dos desconfortos internos da depressão, da intolerância para com a própria vida.
Uma saudação especial a quem está indignado com a existência, a quem ainda não encontrou uma razão forte e válida para viver. Um abraço ideal para quem se sente inútil, sozinho, para quem não tem amigos.
Uma carícia no rosto das crianças que hoje regressaram à escola depois das férias da Páscoa.
Invocamos São José, ele viveu a sua existência ao lado de Jesus como “sombra do Pai”, o Pai eterno que desde a eternidade o escolheu para ser o seu substituto humano no crescimento de Jesus numa história da humanidade que se torna história de salvação.
Tiremos das grandes reservas de espiritualidade deixadas pela herança dos santos os famosos e aquelas pessoas simples e generosas que talvez tenhamos conhecido em nossas vidas, como o foram muitos de nossos parentes virtuosos e honestos, e deixemos uma oração porque as nossas famílias ressoam no nosso espírito, para que sejam um reflexo da família de Nazaré.